segunda-feira, 28 de junho de 2010

Sou viciado...

Já tentei negar, duvidei e até menti para mim mesmo, porém não há como omitir mais... sou viciado! É... Eu sou viciado!

Porque somos obrigados a usar uma sentença final ou uma pausa absoluta, se isso não existe em nossa existência... só com a morte (...) e olhe lá...

A nossa vida é, e sempre será composta por um pensamento que nunca irá findar-se... Teremos sempre uma omissão implícita... Nunca chegaremos a algo totalmente irrefutável ou estabelecido...

Então, por isso eu sou viciado... E paradoxalmente não irei me calar... (estranho, não)

Posso até, um dia, deixar meu vicio de lado... Mas, se isso acontecer, ficará provado que os vícios realmente não nos levam a nada...


"nem o google explica minhas alucinações"... J. C. David

sábado, 12 de junho de 2010

A Copa é DO MUNDO!!!

Começou a copa e é aquela alegria. Tudo legal até agora, com uma organização decente e muita festa dos sul africanos. O que deixa a desejar é mesmo o nível técnico de alguns jogos. E aí aparecem os elitistas de plantão para cornetar ou Vuvuzelar (o assunto é copa mesmo né). Com argumentos como:

“Mas, tem muita seleção fraca”
“Para que Coréia do Norte, Nova Zelândia, Argélia?”
“A Copa deveria ter menos seleções”


E o mais absurdo de todos. “A Copa deveria ter seleções da América, Europa e umas três dos outros continentes, só”.


Enfim o argumento é sempre de que a Copa tem muita seleção fraca que tecnicamente não ajuda em nada. ÓTIMO!!! Será que eles se esquecem que a Copa é do MUNDO. E por ser assim, todos os continentes merecem um número condizente de seleções. Ou você acha que o torcedor de Honduras acha que o time vai ser campeão. Para ele disputar essa Copa, ver seu hino ser tocado já vale como uma grande conquista. E eu particularmente prefiro a alegria de um Hondurenho (só como exemplo) simples e que vai ficar feliz se sua seleção fizer no mínimo um gol nessa competição, à arrogância de torcedores de seleções “grandes”, inclusive o Brasil (representados pela mídia).

Deve-se lembrar que uma Copa do Mundo é além de tudo um fator social, como foi em 2006, onde para os debutantes angolanos, os jogos eram um mero detalhe, o que valia mesmo era a participação nessa festa de um país que anos antes foi arrasado por uma guerra civil, e a emoção do Gol de Flavio no empate contra o Irã, foi como uma levantar a taça. E também como bonito e importante seria futuramente o Haiti, Iraque, Afeganistão, Vietnã disputarem uma Copa do Mundo, como isso traria orgulho e alegria, algo escasso atualmente, para esses povos que tanto sofreram, curiosamente, com a empáfia dos “poderosos” que são (em sua maioria) os mesmos que atualmente querem privar o sonho de um povo; e possuem defensores na mídia para isso. Até a ambição deles é de uma copa européia mais Brasil e Argentina e com a mendicância de vagas para o outros continentes.


Então a Copa, como a segunda maior competição do Mundo, só atrás das Olimpíadas, que por sinal também da oportunidades a todos, “bons” ou “ruins”, e os maiores exemplos de superação vem dos “ruins”. Tem que ter esse número de seleções, mais, eu já acho exagero, mesmo que com jogos fracos no início, Até porque o que marca no início da Copa é a torcida. Como foi no passado a torcida da Jamaica, Camarões, Costa do Marfim, Suécia, etc. É a alegria de um gol, como foi o de Angola em 2006, o de Senegal vencendo a ex-colônia França em 2002, os do Irã na vitória sobre os E.U.A em 1998 ou até mesmo o de El Salvador na derrota por 10 x 1 para Hungria na Copa de 1982, fazendo com que Luis Ramírez (autor do gol) se tornasse ídolo no País da América central.

Só veremos Futebol de nível mesmo após as quartas de finais. Aí é que a competição de verdade é colocada em campo. Antes, ela é global e da a oportunidade (assim como o futebol em geral) de “menores” vencerem “maiores”, algo que infelizmente não acontece nos outros meios da nossa vida.


"O futebol não é uma questão de vida ou de morte. É muito mais importante que isso..."
Bill Shankly

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Não existe pena de morte? [2]

Há cerca de um ano, eu escrevi um post, não existe pena de morte (ver link). Do qual eu falava sobre como, principalmente no Brasil, a "justiça" é feita pelas mãos de polícias. Que mata (em sua grande maioria pessoas carentes) sem qualquer critério de culpabilidade.

E para colaborar com o que eu escrevi e penso, essa semana saiu um relatório da ONU sobre a violência policial no país, os resultados são alarmantes, porém não me surpreende. Vejam abaixo algumas notícias sobre esse fato.


O Relatório sobre Execuções Sumárias da Organização das Nações Unidas (ONU), divulgado nesta terça-feira, mostra taxas “alarmantes” de violência policial no Brasil e a ação de grupos de extermínio no País. De acordo com o documento, o Brasil não cumpriu integralmente nenhuma das 33 recomendações feitas pelas Nações Unidas, depois que o relator especial da ONU sobre Execuções Sumárias, Arbitrárias ou Extrajudiciais, Philip Alston, visitou o País em 2007.

“Quase nenhuma medida foi tomada para resolver o grave problema dos assassinatos de policiais em serviço, ou para reduzir os elevados índices de assassinatos justificados como “autos de resistência”. A maioria das mortes nunca é investigada de forma significativa. Pouca coisa foi feita para reduzir a prisão e a violência”, afirma o relatório.

“Houve pelo menos 11 mil mortes registradas como ‘resistência seguida de morte’ em São Paulo e no Rio de Janeiro entre 2003 e 2009. As evidências mostram claramente que muitas dessas mortes na realidade foram execuções. Mas a polícia imediatamente as rotula de 'resistência'”, criticou o relator especial das Organizações das Nações Unidas (ONU) sobre Execuções Extrajudiciais, Philip Alston. Ele ressaltou que essas mortes precisam ser investigadas como assassinatos.

Segundo a ONU, das 33 recomendações feitas no relatório de 2008, nenhuma foi integralmente assimilada, 22 foram descumpridas e 11 foram classificadas apenas como “parcialmente cumpridas”. O documento denuncia que o governo brasileiro tem falhado em tomar medidas necessárias para diminuir as mortes causadas pela polícia.

Além da violência policial e dos chamados ‘autos de resistência’, o relatório também trata das mortes ocorridas dentro de unidades prisionais, a atuação de milícias e de grupos de extermínio formados por agentes públicos. O relatório também aponta falhas e vícios presentes no aparato de investigação e no processamento judicial. Essas falhas, de acordo com a ONU, propiciam a não responsabilização de crimes cometidos por representantes do Estado.

“O dia a dia de muitos brasileiros, especialmente daqueles que vivem em favelas, ainda é na sombra de assassinatos e da violência de facções criminosas. Quando visitei o país constatei que a polícia executou supostos criminosos e cidadãos inocentes durante operações. Civis foram mortos também por policiais atuando em grupos de extermínio e milícias”, disse Alston em comunicado à imprensa.

Fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/onu+policia+continua+matando+em+niveis+alarmantes/n1237650108891.html


"A policia ensinou que a justiça é sem valorSomente que te ama por você tem amor.Nosso Senhor então assiste Um filme triste".

Trecho da música Filme Triste - Rzo, Racionais Mc's.