segunda-feira, 17 de setembro de 2012

A ditadura do “é minha opinião”


Eu aprendi em umas das cadeiras que paguei no meu curso que o que diferencia o homem dos outros animais é o sua capacidade de raciocínio e comunicação. Tá, não é só isso, mas, justo. É por aí mesmo. Porém, com as redes sociais, blogs, etc. Esse “poder” humano vai se expandindo cada vez mais e ao invés de receptor, mais pessoas se tornam opinadores. E falam sobre tudo: política, religião, esporte e claro, mal do Brasil, esse último o assunto preferido de alguns. No entanto isso criou um problema que é a ditadura do “é minha opinião”. 

Mas o que seria isso? Não! Não é que eu seja contra liberdade de expressão. Porém, creio que existe limite para tudo (algumas coisas faladas/escritas são crime) e principalmente, qualquer coisa que é dita em público, óbvio, é de “domínio público” e merece ser questionada e devidamente respondida. Por isso, sem mais delongas, com a ditadura do “é minha opinião”, qualquer pessoa se sente no direito de falar qualquer besteira e acha que não deve ser questionada, e pior, respeitada, pelo simples fato que é a “sua opinião”. 

Ou seja, cada vez mais vai sumindo o fator “certo” e “errado” e tudo vira, mesmo que sem sentido algum, “opiniões diferente”. Você pode se questionar dentro de um viés filosófico: “Ah. Mas, ai você está julgando o conceito de bom e errado”, SIM! Por exemplo, uma discussão, com base, sobre capitalismo x comunismo (moda na internet) são opiniões diferentes que devem ser respeitadas. Mas, existem algumas coisas que simplesmente não se discute. Exemplo: discriminar alguém devido à cor da sua pele ou orientação sexual. É errado e acabou, não existe um é “na minha opinião”. Não existe um “é minha opinião” quando alguém vai falar sobre o direito das pessoas de serem respeitadas. 

Isso sem falar nos “doutores” da internet, aqueles que falam sobre tudo e todos, baseados em nada, sem conhecimento algum, mas, que exigem respeito porque é a “minha opinião”, dando um exemplo, é mais ou menos eu falar que a terra é quadrada e exigir que respeitem meu ponto de vista, porque é “minha opinião”, ou pior, uma pessoa discorda com todos os argumentos plausíveis, mas, não, ao invés de haver o certo e o errado, há, “divergências de opiniões”. Por favor, né? É simplesmente colocar no mesmo patamar uma opinião de um leigo com a teoria e experiência de quem entende do assunto. E não é questão de meritocracia, e sim, do que, como falei, é certo e errado.

"Há homens que se agarram a sua opinião, não por ser verdadeira, mas simplesmente por ser sua." (Santo Agostinho)

Veja abaixo o vídeo de Bill Maher : "Novas regras sobre aquecimento global".