quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Tomara que tenhamos mais cornos assim...


Bem, como o “ibope” do blog anda pouco resolvi apelar com esse título sensacionalista, afinal de contas, sou jornalista e não desisto nunca . Enfim... Dia desses, vi uma pessoa da qual respeito muito escrevendo essa frase/analogia (alguns dizem até que é piada,). “Ter x atitude é igual o sujeito encontrar a mulher lhe traindo no sofá e tocar fogo no sofá”. Acho que você já ouviu isso, certo? Bem... Nunca compreendi isso. Dizem que a “lógica” seria tocar fogo na mulher.

Bem, você amigo(a) leitor (?), poderia até dizer, “ahhh... mas, é só uma frase, deixa de ser chato”. Não sou muito desses que acham que qualquer coisa é “só uma frase”, então, vamos ampliar um pouco mais a discussão sobre isso. Primeiro, poderia falar sobre o machismo incluído nela, sabemos que normalmente ela é usada no sentido do “marido traído”, então, passa aquela velha “”””lógica”””” de que o “marido traído pode se vingar, é um direito (sic) dele”, porém, claro, no caso da mulher traída, não... Até porque, “homem é tudo assim, ela tem que conviver com isso”.

Ok... ok... Você pode pensar que eu estou exagerando com o fato de ser machismo, beleza. Então vamos pensar pela “lógica” comportamental. Ou seja, quer dizer que, se uma pessoa traída chegar em casa e encontrar sua parceira(o) com outra(o) o certo seria tocar fogo no traidor (nela), ao invés do sofá, é isso? Não sei porque, mas, eu penso o contrário, para mim é tão “correto” você (traído) ao ver a cena, tocar fogo no sofá (o grande erro ai é que sofá é caro que só) mas, no normal, você estará queimando algo que não lhe trai boas lembranças, e só. Simples assim. Igual aquelas cartas de “foras” que você já queimou um dia.

Como falei antes, muitos podem achar que é só uma frase, mas, eu continuo com a minha convicção que, se mais sofás (ao invés de esposas "traidoras”) fossem queimados, as coisas seriam bem melhores.  


“Uma das coisas importantes da não violência é que não busca destruir a pessoa, mas transformá-la”. Martin L. King